2 de abr. de 2013

Life is made by choices.

Hoje um querido amigo me fez um questionamento interessante que me fez pensar:

" Bom, se eu pudesse escolher quem eu sou, escolheria ser o Hugh Hefner. E você? Realmente escolheu ser o que você é? E achou que a escolha foi boa? Então não pode reclamar de nada! `:^)"


Poucas pessoas me conhecem o suficiente a ponto de saber porque eu uso tanto essa frase " Life is made by choices", mas acho que chegou o momento de expor alguns pontos do meu passado e da minha vida que já tenho maturidade para encarar e aceitar.
  
Fui uma gravidez extremamente indesejada. Escutei isso desde o dia que aprendi a discernir e entender o que isso significava. Cresci escutando os gritos da minha mãe dizendo o quão arrependida ela estava por não ter me abortado quando ela teve oportunidade ofertada pela minha tia mais velha. 
Meus pais se divorciaram em 1981, e eu, uma aluna de um colégio católico conservador, digamos que não era nada agradável ser zuada por todos os meus amigos por não ter um pai, que eu por sinal julgava que estava morto até os meus 7 anos, quando ele resolveu aparecer na porta da minha escola e eu quase tive uma síncope nervosa achando que estava vendo um fantasma.

Saí de casa aos 16 anos com uma mochila da Company nas costas e alguns trocados no bolso, já dormi em banco de praça, já passei fome, frio, medo, mas sempre tive a fé em mim e em Deus, Odin ou qualquer nome que alguém queira dar e sobrevivi no mundo real sem me corromper pelo caminho mais fácil.

34 anos se passaram, hoje estou formada graças ao fato de que sentei a minha bunda na cadeira, estudei, passei em 1o.lugar no vestibular e assim consegui uma bolsa integral na faculdade, tenho uma carreira não muito promissora mas sólida, um emprego estável, uma vida relativamente digna.

Sou mãe solteira, tatuada, sem família, sem muita grana, metaleira, já fui taxada de drogada, de prostituda, de louca e alienada, mas continuo de pé. 

E sabem por que?

Porque sou EU quem escolhe o meu caminho a seguir, sou eu quem tomo as minhas próprias decisões baseadas na minha experiência de vida, em tudo que já errei e acertei. 

Infelizmente existem certas coisas que não posso mudar, nos últimos 5 anos perdi as 6 pessoas que mais amei na vida, e aprendi que o que não tem remédio, remediado está. Mas a forma como vou conduzir a minha vida, isso eu posso trabalhar. 

A ideia de que ainda tenho muito a aprender, a melhorar é uma certeza constante que busco dia a dia implementar na minha vida e não me importo muito com o que as pessoas pensam a meu respeito. A minha conduta diária aparentemente deve refletir quem eu sou, mas nem sempre certas pessoas sabem ler nas entrelinhas.Não se deixe enganar pelo meu jeito Asgardiana Nórdica de ser, no fundo sou uma mocinha legal. Bem no fundo.

That´s all folks.

Pandemia, escolas fechadas e Cloroquina

Depois de um longo período de isolamento, trabalho duro e reflexão, retomo as atividades do Blog da Kau com um desabafo. Senta que lá vem te...