Ontem passou no Fantástico mais um episódio do "O que vi da vida" com a Luiza Brunet.
Ok, não estou aqui para falar dela, mesmo já tendo atendido algumas solicitações de viagem dela e sabendo que é uma chata de galocha, mas o interessante é como as coisas são apresentadas pela mídia.
Novela das 19:00 sobre as empregadas domésticas; Luiza Brunet falando que já foi doméstica. Ok, ser doméstica agora, ou melhor, "empreguete" está na moda.
Peraí: eu tive empregada (ou melhor, secretária do lar como minha mãe costumava dizer, e agora se tornou o termo politicamente correto) e sempre valorizei o trabalho delas. O fato de agora a economia ter ajudado e elas conquistarem (através de muito trabalho e dedicação) algum patrimônio é louvável, mas sei lá, transformar isso numa bandeira e supervalorizar qualquer coisa me assusta. Fora que não se encontra mais 1 diarista decente que cobre um valor justo.
Que tal então valorizarmos os professores???
Não, não sou comunista, nem politicamente engajada em nada, fiz minha graduação em Administração Pública e gosto de me mater informada, só isso. Não sou alienada.
Pois bem.
A educação no nosso país está um l.i.x.o, e falo isso tanto no ensino público, quanto no particular.
Estudei nas melhores escolas de BH, ralei absurdos com trabalhos, provas dificílimas, mas a base acadêmica que tive quando jovem me proporcionou por exemplo, a passar em 1º lugar no vestibular sem nem ter pegado no caderno.
Sou inteligente sim (mas nada sábia como costumo dizer), mas se não tivesse os professores que eu tive, na boa, eu seria só mais uma carinha bonita que tem um bom papo, e nada mais.
Vejo os cadernos do meu filho, as apostilas utilizadas pela rede Pitágoras, e na boa, me dói ver como as matérias são mal aplicadas, sem direcionamento correto, mas o problema é que minha didática é muito complexa para a cabeçinha dele de 9 anos... Diante disso sou realmente obrigada buscar uma outra instituição de ensino para ele no ano que vem.
Queria poder fazer alguma coisa para ajudar a formação dessas crianças e jovens, mas realmente não faço ideia de como auxiliar...
Lamento profundamente porque isso vai refletir diretamente no futuro profissional do nosso país, na realidade já afeta, pois infelizmente vários colegas meus de trabalho mostram deficiências de conhecimentos primários, básicos mesmo, principalmente na área de Linguagem e raciocínio lógico.
Bom, sei lá porque resolvi escrever esse post, whatever...