30 de out. de 2012


 
 
 Sveinn e Ulfr ergueram esta pedra em memória de Halfdan e em memória de Gunnar, seus irmãos. Eles encontraram seu fim no Oriente." Bem-vindos à história sangrenta e romântica da Guarda Varangiana, os vikings que viraram os guerreiros mais fiéis do Império Bizantino. Esse epitáfio aqui ao lado, ao que tudo indica, foi criado por dois deles depois que voltaram para seu lar, a Suécia.

A Guarda Varangiana é um dos fenômenos mais esquisitos e fascinantes da história medieval. O crescimento populacional e a tradição guerreira na Escandinávia fizeram com que mercenários de fala germânica se espalhassem pela Europa Oriental, pelo Egeu e até pelo Cáucaso a partir do século X. Um batalhão deles se tornou a guarda pessoal dos imperadores bizantinos, uma unidade de elite que manteve sua identidade étnica, apesar de ter se cristianizado.
Isso explica uma descoberta completamente maluca: inscrições rúnicas em plena catedral (hoje mesquita) de Santa Sofia, em Istambul. A inscrição -- hoje ilegível, fora, curiosamente, o nome Halfdan, de novo -- está abaixo.
Não resisti à referência tolkieniana no título. A Guarda Varangiana tinha com Bizâncio uma relação muito parecida com a de Rohan e Gondor: uma cultura guerreira mais "primitiva" aliada a um império antigo e sofisticado. Ademais, as runas que aparecem em O Hobbit (não as de O Senhor dos Anéis, é bom lembrar) são versões das que se vê na inscrição que abre este post.

Fonte(s):

Pandemia, escolas fechadas e Cloroquina

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