Ficar sem trabalho tem suas vantagens: você tem muito tempo prá pensar em coisas que não pensaria com uma rotina árdua e frenética de trabalho.
Parafraseando um amigo, "por que é tão difícil pensar?"
Hoje eu fiz uma coisa incomum, pois não sou do tipo que fica fuçando na vida alheia, realmente eu tenho mais o que fazer, mas foi, digamos, uma ação agregadora. Entrar no perfil do FB de cada ex namorado meu que foi importante na minha vida foi deveras interessante e serviu prá me deixar com uma dúvida cruel: o que fiz de importante prá mim nos últimos 20 anos da minha vida?
Sim, ano que vem completam 20 anos que saí de casa e decidi seguir meu rumo.
E a única resposta que veio à minha mente foi: passei 10 anos tentando ser o que todo mundo queria que eu fosse e outros 10 anos tentando provar para as pessoas que eu não era o "monstro" que elas achavam que eu era. Ou seja, não fiz nada por mim nos últimos 20 anos.
Gente, 20 anos... Duas décadas... 7.300 dias... Jogados fora...
Claro, eu tive meu filho, me formei, namorei, terminei, morei junto, levei pé na bunda, comecei a gostar e estou deixando de gostar....rs...
Perdi pai, mãe, irmão, vó, vô, madrinha e padrinho...
Perdi amigos...
Ganhei inimigos...
Aprendi a fazer de tudo um pouco, não construí nada de material, mas muito de intelectual e espiritual.
Mas, acima de tudo, continuei viva. E olha, que em vista da situação periquitante que foi a minha vida nos últimos 20 anos, me manter viva é algo bem legal.
Está sendo legal descobrir que posso fazer e viver exatamente tudo o que eu quiser, sem ter que dar explicações, sem ter que justificar, e, acima de tudo, fazer as coisas que eu quero fazer, por mim, prá mim...
O coração andou levando uma rasteirinha nos últimos 5 meses, mas como já estava bem calejado e com a malha de mitril em perfeito estado, o dano foi apenas +3 com -2 de magia.
Mas então, a moral da história de hoje coleguinhas é: faça o que for bom prá você, desde que não prejudique à ninguém, mas faça. E que se lasque a opinião dos outros, seja feliz e bla bla bla...
