Ontem estava assistindo ao Domingo Espetacular, e como tenho pouco tempo para assistir TV, fiquei um pouco assustada quando me deparei com uma matéria sobre uma pseudo guerra civil em São Paulo, entre o Estado aka Polícia e os traficantes aka bandidos.
Apesar de ser uma menina ManOwaR descendente dos mais nobres deuses nórdicos, meu coração mortal se incomoda muito com certas informações, e por isso, decidi mudar de canal. Qual não foi minha surpresa ao ver que exatamente o mesmo tema estava sendo abordado no Fantástico?
Aí pensei:"É, ferrou, não vou poder me alienar nesse assunto" e continuei vendo a matéria completa.
Pois bem.
De tudo o que foi dito, seja de forma mais enfática e dramática ou seja nas entrelinhas, o que eu pude observar é o seguinte:
- O crime só existe porque a sociedade alimenta essa instituição. É sério! Pensa comigo: se as pessoas não consumissem drogas, existiria traficante? Provavelmente não... Ok Cacau, não sejamos tão utópicos a ponto de achar que as pessoas vão parar de se drogar, vão criar vergonha na cara e ir cuidar de suas vidas...
Buuuttt, nem só do tráfico de entorpecentes vive o mundo do crime.
Exemplinho bobo: estava eu procurando uma calculadora científica HP, e institivamente joguei no Google. Me apareceram 2 opções: 1 no Mercado Livre, daquelas situações made in Chinguiling por R$ 155,00 e outra opção no Submarino, por R$ 259,90.
Exatamente a m.e.s.m.a calculadora.
Bom, algo de errado tem aí, concordam?
Ah, ok, ok, o gente boa dá um pulinho ali na Ciudad Del Este, compra 1.000 calculadoras, traz pro Brasil de forma ilegal e vende a preços módicos, sem tributação. E isso não é uma forma de crime?
Claro que eu gostaria de pagar R$ 104,90 a menos em um produto, meu dinheiro é ganho com muito trabalho e esforço pessoal, mas se todo mundo resolver burlar o sistema, como que fica?
Já faz um bom tempo que eu não compro mais coisas "não tributadas", justamente porque não quero compartilhar com o sistema.
Não acho justo o sistema tributário atual do Brasil, mas nem por isso vou alimentar um submundo de violência que, acreditem, uma hora, mais cedo ou mais tarde, acaba batendo à nossa porta.
Não é esse o exemplo que quero dar ao meu filho, e às vezes, fazer o certo nem sempre vai de encontro com a nossa vontade, mas deve ser feito.
That´s all folks!
