21 de mar. de 2012

It´s evolution baby!!!!!



Engraçado....
Auto conhecimento é uma jornada legal, assustadora em dados momentos, mas legal...
Tudo começou quando eu cansei de perder pessoas que eu amo.
Perdi meu avô, minha avó linda, minha madrinha, meu padrinho, minha mãe, meu irmão amado, meu pai e por último, Daniel, o grande amor da minha vida...
Praticamente perdi 80% de tudo o que eu mais amei nessa vida, e isso abriu um buraco negro dentro de mim, sugando qualquer tipo de bom sentimento que existia dentro desse coração de criança grande.

Aí cansei de perder.

Cansei de sentir essa dor absurda, que fisga meu coração como um anzol num marlin em alto mar e dilacera tudo, sem deixar chance de reconstrução.

Descobri que não sei perdoar...

Perdoar é uma tarefa mais fácil de se falar e praticamente impossível de se sentir...

Ontem fiquei me perguntando se eu voltaria a namorar com Daniel hoje. Não, não voltaria. 
Não porque eu não o ame, pelo contrário, parece que a cada dia que passo longe dele, o amor aumenta.
Mas simplismente porque não sei perdoar.
Existe uma distância muito longa entre perdoar e relevar. Você releva e vai mantendo aquela situação em banho maria, derretendo o chocolate ali, hora doce, hora meio amargo, mas quando a coisa ferve, você explode e tudo vem à tona.

Não consigo perdoar porque foi uma dor que transcendeu o meu amor...

Por isso decidi não conversar mais com a minha mãe... Até cogitei que esse ano eu voltaria a falar com ela, mas entendi que não tenho a capacidade de perdoar, mesmo amando... 

Não hoje, não agora...

Voltando à questão da evolution, percebi que a dor afeta cada um de forma distinta, e com isso, as reações também são únicas. Estou descobrindo pessoas que sofreram muito, mas a dor ao invés de melhorá-las, as tornou pessoas mais amargas, mais duras, com a sociedade e com elas mesmas...

Outro dia minha prima Maíra me disse que estou fria demais, radical e generalista demais, pelo fato de que não confio em absolutamente mais ninguém e não acredito mais no amor sincero entre um homem e uma mulher. Não acho que os homens (do sexo masculino, é bom explicar) tenham a capacidade de amar, mas sim a capacidade de construir e desconstruir vidas. Acho que me tornei exatamente aquilo que o Daniel era, uma pessoa amarga, fria e sem qualquer confiança no ser humano.

Mas é o meu momento, talvez amanhã outro cataclisma me atinja e eu reveja os meus conceitos, mas por hora, não.

A questão da responsabilidade sobre o que é dito entre as pessoas é outro ponto que me assusta muito. 
Coisas são ditas aleatóriamente, e palavra dita é como bala disparada, não tem volta.
Lembro de uma técnica peculiar que minha mãe me ensinou quando eu era pequena e que jamais esqueci (apesar de não tê-la utilizado por muito tempo, o que me privaria de certos dissabores): "Antes de dizer algo sobre alguém, pense se essa informação fosse colocara num outdoor imenso, no meio da Praça 7, você aguentaria a repercução do que foi dito?"

Por isso nas últimas semanas tenho me mantido muda e sóbrea, pois sei que estou num momento de transição caótica de emoções, e posso falar coisas que magoam e depois prá consertar... Vixi....

E é isso....

Estou a cada dia tentando evoluir, não porque eu queira, mas porque é o certo e necessário a ser feito, e ver as minhas limitações, trabalhá-las e acima de tudo, aprender a conviver com elas está sendo um desafio digno de ser travado nas terras de Asgard, com meu Mjolnir em punho, contando com a força e o amparo dos deuses supremos para me manter de pé...


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