"Estradas sempre em frente vão
Sob copas, sobre pedras a passar,
Por cavernas sempre sem o sol,
Por rios que nunca vêem o mar:
Sobre a neve que o inverno semeia,
Pelas flores que junho cultua,
Sobre seixos, sobre o verde capim,
E sob as montanhas da lua.
Estradas sempre em frente vão
Sob nuvens e estrelas a passar,
Mas os pés que percorrem os caminhos
Um dia para casa vão voltar.
Olhos que fogo e espada conheceram
E em antros de pedra horror pungente,
Um dia verdes prados recontemplam
E as colinas e matas de sua gente."
B.B.