Por muito muito muito tempo andei como uma palhacinha de circo: sorrindo para todos e chorando por dentro.
Amigos amados me decepcionaram imensamente, pessoas queridas mentiram prá mim e me usaram, problemas de relacionamento interpessoal no trabalho me chatearam bastante, enfim, uma série de conjecturas me levaram a me afastar mais e mais do mundo outside, e me fez voltar meus olhos mais para dentro, do que eu realmente sou. Por mais que a vida tenha me transformado numa pessoa abrutalhada, direta, seca e franca, descobri que ainda conservo um pedacinho doce em algum lugar aqui, um pedaço que está acuado, machucado, e que teima em não querer sair.
Nesse ano de perdas imensas, resolvi parar para fazer um balanço geral de tudo, e infelizmente só consegui chegar a uma conclusão: tudo na vida é definitivo.
Em que sentido?
Certas ações podem aparentemente parecer inofensivas, até que você perde tudo, fica sem chão, quase um terremoto escala 8 ou um F5 brutal, que devasta tudo, só que nesses casos, não há como reconstruir...
Eu e meu irmão James sempre tivemos algumas músicas que representavam nossos momentos caóticos, e que acabaram se tornando um "código de conduta" nosso. São clássicos prá gente porque nos remetem a situações que sofremos, choramos, lutamos e superamos.
Uma delas que se aplica nesse momento (ou eu espero que se aplique) é a Drive, do Incubus, principalmente pelo chorus:
"Whatever tomorrow brings I´ll be there/with open arms and open eyes/whatever tomorrow brings I´ll be there"
Definitivamente, tenho que aprender a superar...