6 de set. de 2010

Eu sou Amélia sim, e daí?

Bom, vamos a mais um post estilo "Antônio Roberto de ser".

Desde os primórdios da humanidade, o homem vem lutando pela sobrevivência individual e do seu bando. Antes, se escondiam em cavernas altas para evitar o acesso dos predadores, depois descobriram o fogo, suas utilidades, e bla bla bla, foram evoluindo, mas sempre tendo como princípio básico resguardar a sua sobrevivência.

Aplicando essa teoria comprovada nos relacionamentos interpessoais, deparamos com um ponto de destaque que está cada dia mais comum entre os homens: o ataque é a melhor defesa.

Pelas minhas andanças,  tenho notado que boa parte dos mocinhos que começam a se relacionar tendem a se portar de uma forma inicialmente agressiva, dominadora, indiferente e com aquela pitadinha de superioridade. Segundo rezam as lendas urbanas, eles fazem isso para que seus corações não sejam pisoteados pelos saltos femininos.

Talvez essa idéia seria realmente fundamentada se não estivéssemos vivendo uma outra realidade hoje: a necessidade crescente das mulheres em resgatar o romantismo, a emoção, a troca de sentimentos, de carinhos, tão abandonada desde a segunda etapa do movimento Feminista entre 1960 e 1970.

As mulheres estão inependentes, maduras, profissionalmente realizadas, mas o vazio que a ausência de relações amorosas criaram não foram, a meu ver, suprido por nenhuma dessas conquistas.

Ser uma boa esposa, uma mãe presente não tem nada a ver com submissão ou anulamento da sua vida. Tem a ver com doação, amor, troca de carinhos, respeito mútuo e admiração pela pessoa que está ao seu lado, construindo uma vida com você.

Não ver o seu marido/mulher como concorrente e sim como parceiro me parece ser um dos maiores desafios de qualquer casal. Subjulgar o outro só porque você ganha mais ou tem mais instrução é tão medíocre e nos remete a um passado de dominação das relações, onde no final, todos perdem.

Você quando casa não está assinado um termo de "Como me tornar uma jabiraca em 3 lições". Tanto os homens quanto as mulheres não devem jamais deixar de se cuidar em prol do outro, pelo contrário! A vaidade, aquela vontade de estar sempre bonito esperando o outro chegar é que mantêm a chama do amor acesa com o passar do tempo, e o comodismo que ataca nessa hora deve ser deixado de lado em prol de uma vida harmônica e feliz para ambos.

Cuidar da casa, dos filhos, ter uma carreira, sair com as amigas para tomar uma cerveja gelada, ir ao salão, fazer compras, preparar o almoço da família, cuidar das roupas do marido, prá mim é motivo de orgulho, prazer e satisfação pessoal, coisas que eu faço com profundo amor mesmo, e não estou nem um pouco preocupada se me chamam de Amélia: garanto que eu sou feliz assim!
;)

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