26 de jul. de 2010

Descobertas

Há algum tempo que não sento para escrever algo realmente útil (quando digo útil, estou referindo a ser algo prático e de real relevância para mim). Sempre usei este blog como um canal de comunicação entre eu, o mundo que me cerca, e o meu interior.
Passo horas às vezes relendo tudo o que eu já escrevi, e talvez a maior burrada que eu tenha feito este ano tenha sido deletar 6 anos de posts. Mas agora já é um pouco tarde para me arrepender disto.

A questão do dia é: o que eu realmente sou?

Meio complexo essa pergunta, a milênios as pessoas tentam desesperadamente responder a algumas questãs da vida (quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?), mas acho que antes de querer responder à todas as perguntas, devemos primeiro saber quais são as perguntas corretas a serem respondidas.
E é isto que estou tentando fazer.
Nos últimos dias, andei me questionando muito a respeito dos meus gôstos, desejos e sonhos.
Entrei num conflito interno profundo, onde já não sabia aonde eu começava e aonde começava a pessoa que eu queria ser para agradar os outros. E quando eu começo a me quesionar sobre coisas importantes, principalmente relacionado aos meus gôstos pessoais (música), aí sim eu percebi que já era hora de parar e respirar fundo.

Quando conheci o Dan, gostei inacreditavelmente dele de primeira, sei lá, uma luzinha se acendeu no coração, como se aquela coisa ridícula de escutar sininhos que rola nos filmes estivesse acontecendo ali, comigo, naquela hora. Tratei logo de tentar descobrir tudo o que ele gostava, imprimia folhas de "papos inúteis" para poder conversar coisas divertidas, enfim, fiz um bom laboratório para conquistá-lo, e por um tempinho curto, eu fui muito muito feliz.

Mas eu me perdi nesse caminho entre descobrir coisas novas para agradá-lo e me anular nas coisas que eu gostava, por medo de que elas não fossem da preferência dele. Obviamente não preciso me lembrar de que tudo foi escolha minha.

Não perdendo o sentido do assunto, a alguns meses atrás tive uma grande discussão com o It a respeito de fazer ou não uma tatuagem do Manowar. Segundo a opinião dele, só quem teria direito a ter uma tatuagem do Manowar seria o Dan. Passei meses com essa história engasgada, mas pelo motivo errado.
Eu fiquei muito brava e revoltada não pelo fato (correto) de ter todo o direito de homenagear a banda que eu aprendi a amar e admirar, mas sim pelo fato (errado) de acharem que eu não tenho direito de fazer alguma coisa em detrimento ao Dan.

O que as pessoas não conseguem entender é que não é o fato de eu amar o Dan que me motiva a gostar do que eu gosto hoje em dia, seja ouvir Manowar ou ver Senhor dos Anéis initerruptas vezes.
A verdade é que com o Dan eu descobri um mundo novo, muito maior, ali, ao alcance da mão, bastava eu estender e pegar. A comodidade inerente à minha vontade que me dominou por tantos anos deu espaço a um desejo imenso de descobrir um mundo que antes eu não conseguia ver.
Ele me aplicou no Manowar, eu aprendi a conhecer, respeitar e amar.
Ele me ensinou que ter as contas em dia dá muita tranquilidade, hoje eu tenho paz.
Ele me mostrou que meu filho sempre deve estar em primeiro lugar, mesmo quando eu estou cansada, com sono ou de mau humor.
E, acima de tudo, a coisa mais importante que ele me deu foi uma frase:
"Nem sempre o certo é o que te deixa feliz."

E é assim que estou me descobrindo agora.

Uma mocinha que conheceu um mundo novo, e que quer melhorar a cada dia, crescer, evoluir, não por ele, nem para ele, mas porque eu vi que é o melhor para mim (e para o pequeno Buxexas).
Sei que cada dia a mais nesse novo mundo é um dia a menos sem o Dan, mas os dias vão passar, os meses, até os anos, e eu sei que o que eu sinto não vai mudar, simplismente porque eu sou Manowar e não desisto nunca...

Ps: Já não estou mais na idade de joguinhos sentimentais, nem mentirinhas para agredir, nem nada do tipo. E claro, quem estiver incomodado com o que eu escrevo no meu blog, basta parar de ler... Simples assim!

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